A cada dia vemos mais e mais a proliferação de ideias que atacam diretamente os valores absolutos das Escrituras e do Evangelho. Em meio a tudo isto, somos tentados a ter uma postura relativista e politicamente correta segundo os padrões mundanos do nosso século, e infelizmente muitos cristãos tem se calado e se envergonhado do Evangelho ao invés de ser voz profética em nosso tempo.
Paulo não se envergonhava do evangelho, ele nos diz: “a esperança não confunde” (Rm 5.5). Quando somos transformados pela graça de Cristo, experimentamos uma esperança que jamais nos desaponta, nem nos envergonha. Porém, mesmo no início, já não havia motivo algum para estarmos com vergonha intelectual ou desapontados com o evangelho como sistema. Paulo não está falando a pessoas retrógradas ou primitivas. Ele está bem no meio do mundo greco-romano, com toda a sua forma intelectualizada de pensar, e ainda assim não tinha vergonha das coisas sobre as quais ele estava se preparando para falar.
Jesus nos advertiu para que não ficássemos envergonhados do conteúdo intelectual de seus ensinamentos (Lc 9.26). Como que respondendo a Jesus, Paulo afirmava: “não me envergonho do evangelho”. Paulo não se sentia intimidado quando discursava no Areópago (At 17). Ele não sentia vergonha de pregar quando esteva aprisionado em Roma. Da mesma forma, nós, cercados por nosso mundo intelectual, não devemos e não precisamos nos envergonhar.
Envergonhar-se de Jesus e dos seus ensinamentos (Lc 9.26) é algo muito sério. Em sua última carta a Timóteo, Paulo nos lembrava de que isto inclui não ficar envergonhados daqueles que verdadeiramente decidem ficar do lado de Jesus e da sua Palavra: “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu” (2Tm 1.8).
Devemos orgulhosamente nos identificar com todos aqueles que se identificam com Cristo. Devemos ser como igreja do Senhor, voz profética contra os ataques ao Evangelho. Deus nos chamou para andar contra a cultura, para ser diferença neste mundo.
Deus o abençoe.